sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O.O


The Phantom of the Opera
LEROUX, Gaston. Penguin Popular classics
Chapter 1. p. 7-16. 




Is it the Ghost?
(Este é o Fantasma?)
    Foi a noite em que MM. Debienne e Poligny, os gerentes da Opera, estavam dando a última performance de gala que marcaria as suas aposentadorias. De repente, o camarim de La Sorelli, uma das principais bailarinas, foi invadido por meia-dúzia de moças do balé, que vieram acima do palco depois de dançar Polyeucte. Eles correram em meio a uma grande confusão, alguns dando vazão ao riso forçado e antinatural, outras aos gritos de terror. Sorelli, que desejava ficar sozinha por um momento para "percorrer" o discurso que ela estava fazendo para os gestores demissionários, olhou ao redor com raiva para a multidão louca e tumultuosa. Foi quando a pequena Jammes - a menina com o nariz arrebitado, com olhos inesquecíveis, bochechas rosa-vermelho e o pescoço e ombros de branco lírio - quem deu a explicação em voz trêmula: "É o fantasma!" E ela trancou a porta. 
     O camarim de Sorelli foi equipado com oficiais, elegância comum. Um cais de vidro, um sofá, uma penteadeira e um armário ou dois, mobilha necessária. Nas paredes estava pendurado umas gravuras, poucas relíquias da mãe, que tinha conhecido as glórias da Ópera na época no Le Rue Peletier; retratos de Vestris, Gardel, Dupont, Bigottini. Mas o quarto parecia um palácio para os pirralhos de corpo de baile, que foram apresentados à  camarins comuns onde figurinistas e cabeleireiros compram um outro óculos de cassis, cerveja ou mesmo rum, até o sino da chamada tocar.
    Sorelli era muito supersticiosa. Ela estremeceu quando ouviu a pequena Jammes falar do Fantasma, a chamou de "bobinha", e em seguida, como foi a primeira a acreditar em fantasmas, em particular, o Fantasma da Ópera, pediu mais detalhes: 
"Você o viu?"
"Tão claramente quanto a vejo agora!", disse a pequena Jammes, cuja as pernas estavam tremendo, e ela caiu com um gemido da cadeira.
    Então a  pequena Giry - uma menina com olhos negros como abrunhos, cabelos negros como tinta, e a pele morena e esticada sobre os ossos - a pequena Giry acrescentou:
"Se ele é o fantasma, é muito feio!"
"Ah, sim" Gritaram o coro de bailarinas.
    E começaram a falar, todos juntos. O fantasma apareceu para eles na forma de um cavalheiro, e de repente estava diante deles, na passagem, sem saber de onde veio. Ele parecia ter vindo em linha reta através da parede.
"Bah!", Disse uma delas, que tinha mais ou menos mantido a calma. "Você via o fantasma em toda parte!"
    E isso era verdade. Durante vários meses, não havia nada no Opera, mas esse fantasma de roupas sociais que espreitava sobre o edifício, de cima para baixo, como uma sombra, que não falou com ninguém, a quem ninguém se atrevia a falar e que desapareceu tão logo, ele foi visto, ninguém sabe como ou onde. Como se tornou um fantasma de verdade, seu andar não fazia barulho. As pessoas começavam a fazer piadas e rir desse espectro vestido como um homem da moda ou um funerário; Mas a lenda do fantasma logo aumentou com proporções enormes entre corpo de balé. Todas as meninas fingiram ter encontrado esse ser sobrenatural mais ou menos frequentemente. E aqueles que riram mais alto, não foram os mais à vontade. Quando não mostrou a si mesmo, ele traiu a sua presença ou sua morte por acidente, cômico ou sério, para os quais a superstição geral manteve sua responsabilidade. Se tinha alguém que caia, ou sofria uma piada prática nas mãos de uma das outras meninas, ou perdeu uma esponjinha, era mais uma vez por culpa do fantasma, o Fantasma da Ópera.
    Afinal, quem via ele? Você encontra tantos homens em trajes de roupas no Ópera que não são fantasmas. Mas este vestido de terno, tinha uma peculiaridade própria. Cobria-se de um esqueleto. Enfim, como as bailarinas disseram. E, claro, tinha uma cabeça de morte.
    Era tudo verdade? A verdade é que a idéia do esqueleto veio a partir da descrição do Fantasma dado por Joseph Buquet, o chefe de cena, que tinha realmente visto o fantasma. Ele correu contra o fantasma na escada, perto das luzes do chão, que leva às "caves". O tinha visto por um segundo - pois o Fantasma havia fugido - e qualquer um que quisesse ouvir ele disse:
"Ele é extraordinariamente magro e seu casaco estava pendurado em uma moldura esquelética. Seus olhos são tão profundos que dificilmente você pode ver as pupilas fixas. Você só vê dois grandes buracos negros, como o crânio de um homem morto. Sua pele é esticada em seus ossos como uma pele de tambor, não é branca, mas um amarelo horrível. Seu nariz é tão pequeno que vale falar que você não pode vê-lo de lado; e a ausência de nariz que é uma coisa horrível de se olhar. Todo o cabelo que ele tem são três ou quatro longas mechas escuras na testa e atrás das orelhas."
    Esse chefe de cena era sério, homem sóbrio e estável, muito lento para imaginar coisas. Suas palavras foram recebidas com interesse e espanto; e logo havia outras pessoas dizendo que também tinham conhecido um homem no vestiário, com uma cabeça de esqueleto sobre seus ombros. Um homem sensato começou a dizer que Joseph Buquet tinha sido vítima de uma brincadeira tocada por um de seus assistentes. E, em seguida, um após o outro, veio uma série de incidentes tão curioso e tão inexplicável que as pessoas mais astutas começaram a se sentir desconfortáveis.
    Por exemplo, um bombeiro é um homem corajoso! Ele não teme nada, muito menos fogo! Bem, o bombeiro tinha ido fazer uma ronda de inspeção nas caves e que, ao que parece, tinha se aventurado um pouco mais do que o habitual, de repente, reapareceu no palco, pálido, com medo, tremendo, com os olhos saindo de sua cabeça, e praticamente desmaiou nos braços da orgulhosa mãe da pequena Jammes. E por quê? Porque tinha visto que vinha em sua direção, ao nível da cabeça, mas sem um corpo unido a ele, uma cabeça de fogo! E, como eu disse, um bombeiro não tem medo de fogo. O nome do bombeiro era Pampim.
    O corpo de balé foi arremessado para a consternação. À primeira vista, esta cabeça ardente não correspondia com a descrição de Joseph Buquet do fantasma. Mas as moças logo convenceram-se de que o fantasma havia várias cabeças, que ele mudava a medida que quisesse. E, claro, imaginaram que elas estavam em perigo. Logo que o bombeiro não hesitou em desmaiar, líderes, linhas de frente e linhas de trás, todas as garotas tinham muitas desculpas para o pavor que sempre as fizeram apressar o passo ao passar por algum canto escuro ou corredor mal iluminado. Sorreli, no dia após as aventuras do bombeiro, colocou uma ferradura em cima da mesa na frente da caixa de palco, que todo aquele que entrava no Opera senão como um espectador devia tocar antes de pisar na primeiro piso da escada. Esta ferradura não foi inventada por mim - ou qualquer outra coisa desta história, infelizmente! - E ainda pode ser visto na tabela na passagem fora da caixa de palco, quando você entra no Opera através do tribunal conhecido como Cour de l'Administration. 
    Retornemos à noite em questão. 
"É um fantasma!" a pequena Jammes chorou. 
    Um silêncio angustiante agora reinava no camarim. Nada foi ouvido, apenas a respiração difícil das meninas. Jammes jogou-se sobre o canto mais distante da parede, e com todas as marcas de verdadeiro terror em seu rosto, sussurrou:
"Ouça!"    Todo mundo parecia estar ouvindo um barulho do lado de fora. Não havia nenhum som de passos. Era como seda leve deslizando sobre o painel. Então parou.
    Sorelli tentou mostrar mais coragem do que os outros. Ela foi até a porta e, com a voz tremula, perguntou:"Quem está aí?"    Mas ninguém respondeu. Em seguida, com todos os olhos sobre ela, observando seus últimos movimentos, ela fez um esforço para mostrar coragem, e disse bem alto:"Há alguém por trás da porta?""Oh, sim, sim! Claro que há!" gritou a ameixa seca da Meg Giry, segurando heroicamente Sorelli de volta por sua camisa de gaze. "Faça o que fizer, não abra a porta! Oh, Senhor, não abra a porta!"
    Mas Sorelli, armada com um punhal, que nunca deixou, virou a chave e se afastou da porta, enquanto as meninas do balé se retiraram para o interior do camarim e Meg Giry suspirou:"Mãe, mãe!" 
    Sorelli olhou para a passagem bravamente. Ela estava vazia; como chama de gás, na sua prisão de vidro, lançou uma luz vermelha na escuridão circundante, sem conseguir dissipa-la. E a dançarina bateu a porta novamente, com um profundo suspiro.
"Não" Ela disse, "não há nada ali."
   "Ainda assim, o vimos!" Jammes declarou, voltando com pequenos passos tímidos para o seu lugar ao lado de Sorelli. "Ele deve estar em algum lugar rondando. Eu não vou voltar a me vestir. É melhor ir todos até ao foyer juntos, ao mesmo tempo, para o 'discurso', e vamos de novo juntos."
    E a criança reverentemente tocou o pequeno anel de coral que usava como amuleto contra a má sorte, enquanto Sorelli, de mansinho, com a ponta do seu dedo direito, que tinha uma rosa na unha do polegar, fez uma cruz de Santo André sobre o anel de madeira que adornavam o quarto dedo da mão esquerda. Ela disse para as pequenas bailarinas:
"Vamos, crianças! Eu ouso dizer que ninguém jamais tenha visto o fantasma."
"Sim, sim, nós o vimos - nós o vimos agora!" choraram as meninas. "Ele tinha a sua cabeça de morte e sua casaca, assim como quando ele apareceu para Joseph Buquet!"
"E Gabriel também o viu!" Jammes disse. "Ontem! Ontem à tarde - Em plena luz do dia -"
"Gabriel, o maestro?"
"Ora, sim, você não sabia?"
"E ele estava usando a sua vestimenta, em plena luz do dia?"
"Quem, Gabriel?
"Ora, não, o fantasma!"
"Certamente! Gabriel disse-me assim mesmo. Isso é o que ele sabia. Gabriel estava no escritório do diretor de cena. De repente a porta se abriu e entrou o Persa. Você sabe o Persa tem o olho do mal"
Ah, sim!" responderam as pequenas bailarinas em coro, apontando o dedo indicador e dedo mindinho, enquanto os segundo e terceiro dedos estavam dobrados sobre a palma e pressionados pelo polegar, ao falar do Persa. \m/
"E vocês sabem como o Gabriel é supersticioso", continuou Jammes.
"No entanto, ele é sempre delicado. Quando ele encontra o Persa, ele coloca a mão no bolso e toca-lhe as chaves. Bem, no momento em que o Persa apareceu na porta, Gabriel deu um salto da cadeira para fechar o armário, de modo a tocar no ferro. Ao fazer isso, ele rasgou todo o seu casaco em um prego. Apressando-se para sair da sala, ele bateu a cabeça contra um cabide de chapéus e deu-se um enorme galo; então, ao recuar, ele esfolou seu braço na tela, próximo ao piano; ele tentou se segurar no piano, mas a tampa caiu em suas mãos e esmagou seus dedos; ele correu para fora do escritório como um louco, escorregou na escada e desceu a toda a primeiro voo. Eu estava passando com minha mãe. Nos pegou. Ele estava coberto de hematomas e seu rosto estava todo de sangue. Estávamos com o maior medo de nossas vidas, mas, de repente, ele começou a agradecer à Providência que havia conseguido se safar. Então ele nos disse o que o assustava. Ele tinha visto o fantasma por trás do Persa, o fantasma com a cabeça da morte, assim como a descrição de Joseph Buquet!"
{continua}

Adaptação.... Tradução!

The Phantom of the Opera
LEROUX, Gaston. Penguin Popular classics
Prologue. p. 1-6 de 270.

Prólogo
em que o autor desta obra singular informa ao leitor como ele adquiriu a certeza que o Fantasma da Ópera realmente existiu

    O Fantasma da Ópera realmente existiu. Ele não era, como era acreditado por muito tempo, uma criatura da imaginação dos artistas, uma superstição dos gestores, ou um produto do cérebro absurdo e impressionável das moças do balé, de suas mães, das coxias, dos atendentes da sala de relógio ou o porteiro. Sim, ele existiu em carne e osso, embora ele tenha assumido a aparência completa de um fantasma real, isto é, de uma sombra espectral.
    Quando eu comecei a vasculhar os arquivos da National Academy of Music, fiquei impressionado com as coincidências surpreendentes entre os fenômenos atribuídos ao "fantasma" e a tragédia mais extraordinária e fantástica que já animava as classes superiores de Paris; e logo concebeu a ideia de que essa tragédia poderia ser razoavelmente explicada pelo fenômeno em questão. Os eventos não datam mais de trinta anos atrás; e não seria difícil encontrar nos dias de hoje, no foyer do balé, uns velhos da mais alta respeitabilidade, homens em cujo termo se poderia confiar absolutamente, que se lembrariam como se tivesse sido ontem as condições do misterioso e dramático acontecimento do sequestro de Chistine Daaé, o desaparecimento do Visconde de Chagny e a morte de seu irmão mais velho, o conde Philippe, cujo corpo foi encontrado na margem do lago que existe nos porões inferiores do Opera no lado da rua Scribe. Mas nenhuma dessas testemunhas, até aquele dia, achava que não havia qualquer razão para ligar a figura lendária do Fantasma da Ópera com essa história terrível.
     A verdade era lenta para entrar na minha mente, estava intrigado com a investigação, e a cada momento foi complicando por eventos que, à primeira vista, poderia ser encarado como sobre-humano; e mais uma vez eu estava a ponto de abandonar uma tarefa em que eu estava me esgotando na busca desesperada de uma imagem vã. Afinal, eu recebi a prova de que meus pressentimentos não me enganaram, e eu estava recompensado por todos os meus esforços no dia em que adquiri a certeza de que o Fantasma da Ópera foi mais do que uma mera sombra.
    Nesse dia, passei longas horas sobre "as memórias de um gerente", da luz e do trabalho frívola de Moncharmim, demasiado céptico, que, durante seu mandato no Opera, não entendia nada do comportamento misterioso do Fantasma, que estava fazendo toda a diversão que ele poderia, no momento em que ele se tornou a primeira vítima das curiosas operações financeiras, que passava dentro do "envelope mágico".
    Eu tinha acabado de deixar a biblioteca em desespero, quando me encontrei com a maravilhosa gerente de ação da nossa Academia Nacional, que estava conversando com um animado e bem preparado velhinho, a quem ele me apresentou alegremente. A gerente sabia tudo sobre minhas investigações e como ansiosamente eu estava tentando descobrir o paradeiro do juiz de instrução no famoso caso Chagny , M. Faure. Ninguém sabia o que tinha acontecido com ele, vivo ou morto; e lá estava ele de volta do Canadá, onde passou quinze anos, e a primeira coisa que fez, em seu retorno a Paris, foi vir para os escritórios de secretariado no Opera e pedir um assento livre. O velhinho foi o próprio M. Faure.
    Passamos uma boa parte da noite juntos e ele me contou sobre o caso Chagny inteiro, como ele havia compreendido até o momento. Ele foi obrigado a concluir a favor da loucura do visconde e da morte acidental do irmão mais velho, mesmo com o lago de provas em contrário; mas foi, no entanto, convencido de que uma terrível tragédia teve lugar entre os dois irmãos em conexão com Christine Daaé. Ele não poderia me dizer o porque de Christine ou visconde. Quando mencionei o fantasma, ele apenas riu. Ele também tinha sido avisado das manifestações curiosas que pareciam apontar para a existência de um ser anormal, residente em um dos cantos mais misteriosos do Opera, e ele sabia da história do envelope; mas ele nunca tinha visto nada  digno de sua atenção como juiz encarregado do caso Chagny, e era tanto que ele tinha feito para ouvir o depoimento de uma testemunha que apareceu por vontade própria e declarou que ele havia se encontrado com o fantasma. Este testemunho não era outro senão o homem a quem todos em Paris chamavam de o "Persa" e que foi bem conhecido por todos os assinantes do Opera. O magistrado levou-o para um visionário.
    Eu estava imensamente interessado por esta história do Persa. Eu queria saber, se ainda havia tempo para encontrar essa testemunha valiosa e excêntrica. Minha sorte começou a melhorar e eu o descobri em seu pequeno apartamento na Rue de Rivoli, onde viveu desde então e onde morreu cinco meses depois da minha visita. Eu estava, à primeira vista, desconfiado, mas quando o Persa me disse, com sinceridade de criança, tudo o que sabia sobre o fantasma e tinha me entregado as provas da incidência - incluindo a correspondência estranha de Christine Daaé - para fazer o que eu quisesse, eu não era mais capaz de duvidar. Não, o fantasma não era um mito!
   Eu sei que foi dito que essa correspondência pode ter sido forjada por um homem cuja imaginação tinha certamente sido alimentados com os contos mais sedutores; mas, felizmente, eu descobri alguns dos escritos de Christine fora do famoso pacote de cartas e, na comparação entre os dois, todas as minhas dúvidas foram removidas. Eu investiguei a história do Persa e descobri que ele era um homem de bem, incapaz de inventar uma história que poderia ter complicado os fins da justiça.
    Esta foi, aliás, a opinião das pessoas mais sérias que, em um momento ou outro, foram misturados no caso Chagny, que eram amigos da família de Chagny, a quem eu mostrei todos os meus documentos e defini todas as minhas inferências. Neste contexto, gostaria de imprimir algumas linhas que recebi do General D ------:

"Senhor
    Eu não posso incitá-lo muito para publicar os resultados do seu inquérito. Lembro-me perfeitamente que, poucas semanas antes do desaparecimento dessa grande cantora, Christine Daaé, e a tragédia que jogou todo o Faubourg Saint-Germain em luto, houve muita conversa, no foyer do balé, sobre o tema do "fantasma" e eu acredito que ele só deixou de ser discutido em consequência do caso depois que todos nós nos animamos muito. Mas, se é possível - como, depois de ouvir você, eu acredito - para explicar a tragédia por meio do Fantasma, então eu lhe peço, senhor, para conversar conosco sobre o fantasma de novo. Por mais misterioso que o fantasma possa parecer à primeira vista, ele será sempre mais fácil de explicar que a história triste em que as pessoas mal intencionadas tentaram inventar sobre dois irmãos matando um ao outro, que se adoravam por toda as suas vidas. 
Acredite em mim, etc."

    Finalmente, com o meu maço de papéis na mão, mais uma vez quis ir no vasto domínio do fantasma, o edifício enorme que ele tinha feito o seu reino. Tudo o que meus olhos viram, tudo que minha mente percebeu, corroborou os documentos do Persa com precisão; e uma maravilhosa descoberta coroou meus trabalhos de uma forma muito clara. Ele vai se lembrar que, mais tarde, quando cavando na infra-estrutura do Ópera, antes de enterrar os registros fonográficos das vozes dos artistas, os trabalhadores foram expostos a um cadáver. Bem, eu era capaz de provar que o cadáver foi o do Fantasma da Ópera. Eu fiz o gerente de ação colocar esta prova para o ensaio com suas próprias mãos; e é agora uma questão de suprema indiferença para mim se os jornais fingem que o corpo era de uma vítima da Comuna. Os infelizes que foram massacrados, durante a Comuna, nas caves da ópera, não foram enterrados neste lado; eu vou dizer onde seus esqueletos podem ser encontrados: em um local não muito longe daquela cripta imensa que foi armazenada durante o cerco com todos os tipos de provisões. Deparei-me com esta faixa justamente quando eu estava procurando os restos do Fantasma da Ópera, que eu nunca deveria ter descoberto, mas para o inédita chance descrita acima.
   Mas vamos voltar para o corpo e que deve ser feito com ele. No momento, devo concluir esta Introdução muito necessário por agradecer M. Mifroid (que era o comissário de polícia chamado para as primeiras investigações depois do desaparecimento de Christine Daaé), M. Rémy, o falecido secretário, M. Mercier, o falecido gerente do exercício, M. Gabriel, o falecido mestre-coro, e mais particularmente a sra. La Baronne de Castelot-Barbezac, que foi outrora a "Pequena Meg" da história (e quem não tem vergonha dela), a estrela mais charmosa do nosso admirável corpo de baile, a filha mais velha da Sra. Giry digna, já falecida, que tinha o encargo da casa privada do fantasma. Todos estes foram assistenciais para mim; e, graças a eles, vou ser capaz de reproduzir aquelas horas de puro amor e terror, em seus mínimos detalhes, diante dos olhos do leitor.
    E eu devo ser ingrato se eu realmente omitir, no limiar da história terrível e verídica, de agradecer a atual gestão do Opera, que tão gentilmente me ajudaram em todas as minhas perguntas, ao M. Messager em particular, junto com M. Gabião, o gerente de ação, o mais amável dos homens, o arquiteto confiados com a preservação do edifício, que não hesitou em me emprestar as obras do Charles Garnier, embora ele tinha quase certeza que eu iria nunca mais voltaria. Finalmente, devo prestar uma homenagem pública à generosidade do meu amigo e ex-colaborador, M. J. Le Croze, que me permitiu mergulhar em sua esplêndida biblioteca teatral e pedir mais raras edições de livros de que atribuímos grande importância.

GASTON LEROUX

segunda-feira, 15 de março de 2010

*-*

making off

sexta-feira, 12 de março de 2010

voltando...

quinta-feira, 11 de março de 2010

*-*




COMPARANDO...


sábado, 25 de abril de 2009

Linda imagem.. gostay

Forever and ever...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009


Esse desenho é perfeitoo...

Paixão da minha vida..













sábado, 10 de janeiro de 2009


Nem sei se já adicionei essa foi.. se já, tudo bem, afinal eh sempre bom ver o fantasma d pertinho.. principalmente cm o charme da camisa aberrrtaaa!! (Gerry e o diretor)

Sempre fui louca por baile de mascaras..